Problemas de Expressão: 2006-01-22

Problemas de Expressão

Blog anónimo, preenchido com pensamentos, nem sempre inteligentes, mas genuínos. Os que eu não escrevo, são emprestados. Alguns posts tendem para a perversidade, mas só se estiver muito inspirada...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Amor Proibido

Só quem viveu entende,
amor proibido.
Mexe com a essência da gente,
com o líbido.
Tudo fica mais excitante.
No encontro escondido
o coração bate forte,
o rosto cora.
Num simples toque de mão.
Não há quem suporte
a emoção da primeira vez,
é emoção de mais.
Mistura de medo e paixão
arrependimento jamais.
Os sentimentos saltam aos olhos,
as palavras saem entrecortadas.
Parece que o mundo inteiro
vai descobrir esse pecado.
Mas com tanto amor assim,
Com certeza seremos perdoados.

R.N. Monteiro Posted by Picasa

terça-feira, janeiro 24, 2006

Cá estou eu

Como os amigos nos podem influenciar!

Fiquei sem disposição nenhuma, depois de ter falado contigo, amigo!

Depois de vários dias de ausência, dizes-me que tens saudades minhas, que estás triste, mas que não estás dado a conversas. Respeito-te...

Queres saber?

Estou aqui, para o que der e vier! Sabes que podes contar comigo!

Tens um ombro amigo, uma mão quente, um olhar atento e um ouvido exclusivo.

Sempre!...

Um grande abraço  Posted by Picasa

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Ai, os banhos árabes!
Todos devíamos tirar um dia das nossas vidas e passá-lo num maravilhoso balneário dedicado aos banhos árabes, tal como experimentei em Córdoba, na última semana.
Um amigo próximo já me contara a sua experiência e eu, apaixonada pelo exótico, não descansei enquanto não estava inscrita!
Dizia a recepcionista, no seu andaluz: "- Solo nos quedam plazas para las diez de la noche..."
"Que se lixe o frio" - pensei, apesar dos 3 graus que se faziam sentir - "e de noite até tem o seu quê de misterioso..."
-Dos plazas por favor, para las diez!
- Muy bien, tienen que traer bañadores.
-Quanto es?
-50 euros.
"Que se lixe o dinheiro"- pensei - "o que importa é que às 10 estarei a mergulhar num mundo que não conheço..."
Entrei, depois de um breve encontro com as restantes raparigas (os homens encontraram-se à parte). Um duche num pequeno balneário para tirar do corpo algumas impurezas e, nas duas horas seguintes, esqueci-me do mau tempo, do dinheiro gasto e das horas tardias.
O ambiente era mal iluminado, quente e húmido. A iluminação, tipicamente árabe, criava recantos obscuros e desenhava estranhas formas nas paredes. Mal conseguia distinguir os vultos humanos no meio da escuridão. E assim fui descobrindo o espaço...
Primeiro uma sala ampla, com música muçulmana a encantar o ambiente. Ao meio da sala, uma enorme piscina de água temperada, mergulhada no escuro, criando recantos íntimos e propícios à aproximação!... À volta da piscina, algumas marquesas, onde, de acordo com a hora da chegada, nos esperava um massagista.
"Deseas relaxar-te?"
"Si, encantada..."
"Mejor si te quitas tu bañador..."
E começou a fazer-me a melhor massagem de que me lembro desde que tenho consciência! Aqueles dedos mágicos moldaram cada um dos meus músculos, acariciaram-me a cabeça, libertaram todas as tensões acumuladas durante semanas. E todo o meu corpo exalava um suave cheiro a alfazema, do óleo de massagem que espalhara sobre mim. Quando terminou, desejava ter um destes, a tempo inteiro, em minha casa.
"Muchas gracias"
"A ti."
Tornei a vestir o fato de banho e, depois de novo duche, segui para outros compartimentos. Desta vez esperavam-me pequenas piscinas, mais íntimas, para desfrutar de uma imersão quente, relaxante. Fechei os olhos, concentrei-me até deixar de me sentir. Experimentei a sensação de eliminar a fronteira entre o meu corpo e a água da piscina. Eu não existia fisicamente... era apenas água. Tudo isto no maior silêncio, respirando a humidade.
Terminado este banho, descobri a arrepiante banheira de água fria, que me fez tornar à realidade. Todos os poros, as veias, a carne ressurgiram, ganharam existência. As pernas latejaram até doer, a pele arrepiou-se.
E, de novo, o mesmo ritual, tornando à piscina de água temperada, onde, na escuridão, observava as massagens dos outros, tal como já fora observada. Impossível de resistir a essa tentação!
Que pena, sendo nós herdeiros deste povo, não termos herdado também esta deliciosa tradição, que, afirmo, seria um óptimo remédio para os nossos stresses...